14 - A Dor, o Karma e a Evolução


A dor não é necessária a evolução.

Ela somente se faz presente quando há a resistência ao aprendizado. Oxalá não é ruim. Oxalá é pai e a verdade corre para o bem. Tem os filhos muitas vezes a percepção de que a evolução somente se faz pela dor.

É a dor, sim, instrumento para a evolução. E é a dor que tira o filho do seu marasmo habitual, do conforto e que o faz evoluir.

Mas ela não é obrigatoriamente, necessária. Pode-se aprender sem dor, sem sofrimento. Pode-se aprender apenas pela percepção do que é necessário fazer, evoluindo-se pela fé, pelo conhecimento.

Essa forma de evolução muitas vezes parece e é mais difícil daquela que utiliza a dor.

Só sofrem os filhos quando precisam aprender. Essa sim é a verdade eterna.

Então, quando há a compreensão do que precisam os filhos aprender a dor cessa, caso contrário, continua, não uma, mas várias vezes. E se repetem os acontecimentos, ate que o entendimento se faça presente.

O adeus de outras pessoas às vezes é somente para que possa o filho entender que precisa aprender.

Alguns dos entes queridos aos filhos se vão porque precisam ensinar.

Se os filhos entenderem que há uma evolução, se conseguirem enxergar o porque sofrem, o que tem que aprender, então mais fácil e tranqüilo se torna o caminho.

Essa compreensão leva que a dor cesse. Por que, repita-se aqui, a dor é apenas uma das formas de evolução. E precisam os filhos ouvi-la para entender do que necessitam para continuar.

Esse padrão repete-se continuamente, única e exclusivamente porque é a última e derradeira tentativa do destino em ensinar o que o espírito não consegue entender enquanto levou sua vida. A última lição é muitas das vezes, a mais importante.

A regra é simples: a dor cessa, quando se aprende a lição. Assim, a dor de uma bancarrota pode cessar quando se percebe a arrogância. A dor da falta de locomoção, quando se aprende a dependência. A dor da perda, quando se percebe que podem sim os filhos, sobreviver e viver para entender que a perda faz parte da própria evolução. E para que possam compreende-la.


O sofrimento não é inútil, nenhum sofrimento é inútil.

Mas todo o sofrimento pode ser evitado. Grandes guerras, muitas vezes são causadas para grandes aprendizados e grandes evoluções.

Mas a guerra não se justifica, porque a mesma evolução e aprendizado pode ocorrer com a paz, se evitando o sofrimento.

É quando sofrem os filho que devem tentar entender o porque daquele sofrimento e conseguir aprender o que se esta tentando ensinar ao espírito.

Então a dor cessara rapidamente. O aprendizado e o entendimento são os verdadeiros bálsamos para a dor.

E quando a dor não se apresenta, ainda assim precisa o filho, e ainda mais, para evita-la, aprender o que lhe falta.

Lutar contra os defeitos, procurar a bondade. A limpeza da alma, do coração. Porque como a tempestade, nem o balsamo nem a dor, duram para sempre. Então é muito importante que mesmo nos momentos de calmaria, ainda assim possa o filho tentar compreender e lutar contra suas falhas.

E o mais fatal nesse caminho é o comodismo. Os filhos se encarnados estão é porque precisam aprender algo e se este aprendizado não se fizer pela evolução da fé, se fará pela evolução da dor.

Filhos se questionem o que precisam aprender, se questionem diariamente e diariamente procurem a perfeição, seja ela na compreensão da existência da soberba, do apego material, do vicio, da necessidade de compreender a perda.

Os filhos devem e podem evoluir pela compreensão, pelo entendimento e não pela dor.

Mas, se sofrem agora, não é provável que possam compreender com a revolta.

Àqueles que se revoltam não conseguem entender o que precisam aprender e irão novamente passar pela experiência dolorosa. Provavelmente em uma intensidade maior do que a que estão passando, para que se desapeguem da revolta e possam seguir o caminho para a compreensão.

É preciso entender que todos têm o que aprender.

Os filhos que lêem essa mensagem parem agora e pensem em suas dores, em seus defeitos.

E depois disso feito, pensem novamente, se descontando as primeiras falhas, porque muitas das vezes obvias demais.

Em muitas das vezes o sofrimento está escondido em falhas não tão obvias, que podem aparecer aos olhos menores, mas que são efetivamente as que devem ser resolvidas, compreendidas.

E então encontrar formas, atitudes diárias para serem repetidos e hábitos se tornem, para que essas falhas sejam extirpadas.

E sempre deve se estar atento às recaídas. E, quando tal falha tiver cessado, procure filho outras, por que se lembre, se encarnado está é para aprender.

E muitas vezes pode ser o aprender a ceder, a receber, a compreender.

Então a dor cessara. Porque desnecessária.

Quando a lição é aprendida pela fé, desnecessária a dor.

Essa é a lei.

Então filhos escutem suas dores, o que elas lhes têm para ensinar, escutem suas falhas, aprendam e evoluam com elas.

Por que Oxalá é bom e sua bondade é o motivo da compreensão, seja pela dor, seja pela fé.

“Então se fez Luz.
E como a luz tivesse se esvaziado em lagrimas.
E se não fossem necessárias às lagrimas, ainda assim necessárias elas seriam.
Porque de alegria pela compreensão.
Porque de tranqüilidade pela alegria
Porque de felicidade pela própria felicidade.
E então desnecessária a dor e muito menos a revolta.
Então desnecessária essa chama eterna que corroe e não ilumina.
Porque todos devem aprender, mas todos devem chorar lagrimas de alegria, apenas.”