O livre arbítrio é uma das principais regras da Umbanda e da evolução em geral. Nenhum filho é obrigado a seguir um ou outro caminho, nem se sentir acuado seja por qualquer religião ou entidade.
Espíritos não obrigam, espíritos respeitam o livre arbítrio, porque, de todas as características da alma essa é a mais inviolável.
Tenham então filhos, cuidado com as escolhas.
Porque se as escolhas são livres, suas conseqüências não. A todo ato, uma reação é afeita.
Cada energia emanada tem como resposta outra, de mesma intensidade. E se os filhos podem controlar os atos, as conseqüências não.
As entidades não julgam os erros, podem aconselhar a não errar, a mudar o rumo do caminho, mas não podem evitar as conseqüências.
Podem amenizar, fornecer um alento e em muitas vezes fazer a dor cessar. Mas não podem obstar a evolução, porque de um modo ou de outro, de um tempo ou outro, os filhos colhem aquilo que plantam.
Colhem alegria ou dor, bondade ou tristeza. Essa lei é imutável. E não adiantam amalás para protegerem os filhos de suas próprias ações, para amenizarem os próprios erros.
O livre arbítrio está na escolha não na conseqüência. Pode-se escolher a ação, não a reação.
Pode-se pedir a uma entidade que mostre os caminhos corretos, que clareie a percepção, que mostre as conseqüências, que leve a escolha certa.
Mas não pode-se pedir que não haja paga pelos erros cometidos, pelas falhas tidas, pela dor plantada.
Porque se assim fosse, a evolução não ocorreria, o erro não seria reparado e sim repetido eternamente, inúmeras vezes.
Alguns filhos afirmam: “se sofro, não escolhi sofrer”. Mas o sofrimento não é escolha é conseqüência. Ações são escolhidas, conseqüências não.
Então não peçam os filhos as entidades para que obstem as conseqüências de suas atitudes.
Elas não podem, porque esse poder é contrário a evolução da alma.
Mas podem sim fazer com que a paga seja mais suave e que do tombo consigam os filhos levantarem, mas nunca, se plantarem tempestades colherão bom tempo.
As entidades, com grande satisfação demonstram antes os caminhos àqueles que procuram seus conselhos, mas não podem obstar as conseqüências de atos falhos.
E as almas que se dizem escravizadas e que prestam, no plano espiritual, trabalhos de quiumba?
Estas almas não possuem o livre arbítrio? Estão elas eternamente escravizadas?
Não. O livre arbítrio é dado a todos os espíritos, desde os mais iluminados até aqueles que precisam de luz.
Se escravizados se sentem é porque criam um padrão vibracional tal que lhes é difícil ver alem das realidades inferiores.
Estas almas possuíram o livre arbítrio para escolherem qual a atitude e o caminho a tomar, mas feita essa escolha não podem querer encontrar padrão vibracional diferente daquele que buscaram.
Porque o livre arbítrio está na ação, nunca na reação.Se o filho decide se jogar em uma poça de lama não pretenda sair com suas roupas limpas.
A ação é ir a lama, a reação, sair sujo dela.
Isso explica muito dos problemas. Pensem filhos quantos dos que enfrentam são reações a atitudes tomadas.
Lembrem de quantas poças, apesar de avisados, não desviaram.
De quantas vezes tomaram a atitude errada certos de que não haveria um preço a ser pago.
E não é porque seguem os filhos a Umbanda que não irão pagar o preço justo.
As entidades podem apenas tentar amenizar a forma de pagamento, mas nunca perdoar a dívida.
É importante que se diga, a violência da reação é tal qual da ação. Portanto fundamental, antes de agir, pensar, antes de tomar a atitude, entender que as entidades não poderão evitar a queda, apenas tentar avisar dos buracos.
As atitudes boas também têm reações boas. Porque a reação às escolhas corretas é uma força em igual intensidade para a luz. Fazer o bem é também parte do livre arbítrio.
Aqui se aplica a mesma regra: entidades com falta de luz não podem obstar a reação, apenas tentar ameniza-las.
Então quando há a produção de um força boa, entidade nenhuma, por maior poder das trevas que tenha, possui a capacidade de obstar a reação que produz a luz.
Elas tentar diminuir aquela, mas nunca conseguem apaga-la por completo e podem , como corriqueiramente fazem, esconder os buracos, empurrando os filhos aos erros, tentando fazer com que tomem atitudes incorretas, para que então tenham uma reação que faça paga.
Aqui está a grande força dos espíritos trevosos: influenciar o livre arbítrio, para que as escolhas sejam as errôneas.
É nas escolhas que se trava a verdadeira batalha entre o bem e o mal.
Então filhos, se tiverem ânsias de cometer atos indignos, pensem varias vezes e vejam o que esta os levando a fazer a escolha errada, porque após o erro, certamente vira a paga.
Escolhem os filhos as ações, as reações, nunca.
“Bato com uma mão
Apanho com outra
Dou com uma mão
Recebo com outra
Vivo para o bem
O bem vive pra mim
Vivo para o mal
O mal vive em mim
Por isso atento estou as escolhas,
Porque em meu jardim não planto ervas daninhas.”