A reencarnação é necessária para a evolução e interfere de forma decisiva nas escolhas individuais.
Este conceito, que pode há muito ser conhecido pelos umbandistas, por tão óbvio como uma lei natural, muitas vezes passa despercebido e incompreendido.
A reencarnação nada mais é que a volta do espírito desencarnado a outro corpo para continuar seu processo evolutivo.
Este fato se repete incansavelmente.
Assim, espíritos passam por milhares de vidas encarnados e em cada uma trazem consigo obrigações que devem ser realizadas e ultrapassadas para que um objetivo maior se concretize, qual seja, a evolução da alma e do espírito dentro das leis de Oxalá.
A reencarnação pode ser predefinida pelo livre arbítrio da alma, em momento anterior a encarnação.
Mas não é a todos dado este privilegio. A espíritos perdidos não é possibilitado o poder da escolha na nova encarnação. E perguntam os filhos muitas vezes: onde estaria ai, o livre arbítrio que é um dos princípios da evolução da alma?
Ora, a eles é possibilitado não encarnarem e continuarem suas vidas em “purgatórios”, em limbos.
Se desejarem evoluir poderão reencarnar, mas não escolherão a vida que terão e provavelmente, venham, sejam por limitações físicas, psíquicas, impossibilitados de atrocidades que realizaram quando vivos. E em tal reencarnação muito provavelmente sentirão na pele a dor impingida a outras pessoas.
A lei aqui é simples: dente por dente, olho por olho. E é por isso que quando se fala em perdão ressalta-se que não há necessidade da alma ofendida tentar por suas mãos, ou pela “mão” de seu coração cultivar o ódio, o sentimento de vingança.
A perfeição do cosmo fará sempre que o mal plantado seja, por outro mal semelhante extinto. E na anulação de ambos os males ocorre a evolução da alma.
Portanto, aqueles que erram, que machucam, serão machucados e levados em algum tempo a compreensão de que o mal, só mal traz.
Muitas vezes os espíritos que cometeram erros dos mais terríveis, são trazidos a cuidar daqueles a quem prejudicaram, tentando repor, como mãe ou pai, todo o desespero que anteriormente realizaram contra os filhos, ou contra aquela família.
E esta família ficará sob os cuidados destas pessoas, que, tentarão, agora, através do bem, do cuidado, encontrar um novo equilíbrio que possa resultar em uma evolução.
Ocorre que muitas vezes este processo não é doloroso só para as almas que estão envolvidas e sim para todos que coabitam com a dor de um lar destruído.
Mas o lar destruído ensina muito, para os envolvidos, posto que os filhos têm também que resgatar a raiva e o ódio que lhes uniu aquela família.
Sim, é muito difícil.
Por que, se, por exemplo, um deles não consegue realizar o perdão e possui a lembrança do ódio de uma encarnação passada, tem o desprezo da reencarnação em que não evoluiu, a raiva incrustada no peito, então desarmoniza toda aquela estrutura familiar.
Já outros espíritos podem escolher determinado grupo familiar, exatamente para apreenderem a serem mais prestativos, fazendo entender uns aos outros, atuando como mediadores dos grupos.
Mas pode ocorrer que a mãe e/ou o pai simplesmente não consiga realizar o resgate e novamente, resolva destruir aqueles que estão em sua volta. Então, destrói uma família, deixando-a sofrer, e muito, fazendo com que o sofrimento seja de tal modo e com tal intensidade que leve os espíritos daquela família a grande desespero.
Devem eles lembrar que somente estão envolvidos na relação kármica pela dor que os uniu. Pelo ódio que tem pelo espírito “carrasco”.A partir do momento que estes espíritos simplesmente derem o perdão, terão cumprido o karma, se estabilização e não mais sofrerão, por que então são liberados de seu karma e livres da pessoa que tenta destruir a psique, a forma emocional.
Este perdão levara a um desligamento tão grande e forte, que nem os laços de sangue conseguirão mais manter unida a família ou as almas sob influência das do mal, e, portanto, não voltarão provavelmente a se encontrar.
Em tais casos o elemento desagregador do meio sofrerá, e cada vez mais para poder apreender através de encarnações difíceis e tristes.
Isto foi exposto aqui, para que o leitor nesse momento, pense na sua família e tente verificar qual a ligação kármica entre irmãos/pais/avos/filhos.