Muitos filhos da corrente perguntam qual é o trabalho que realizam ao ficarem na corrente dançando, cantando e batendo palmas. Perguntam também porque esse trabalho é tão importante como a incorporação, porque precisam de concentração. Como funciona esta ligação entre espíritos, cavalos, trabalho e corrente?
Um ponto de fundamental importância: o movimento.
Já explicada foi a importância da corrente, do entendimento que somente elos de uma corrente unida podem sobreviver a energias negativas, podem combater as forças contrárias.
Os filhos devem reler agora o texto a respeito da importância de cada elo da corrente.
Absorvidos estes conceitos principais é preciso acrescentar o seguinte: a corrente é energia e fornece a maior parte dela para a realização e invocação das forças necessárias a cada trabalho.
Como é fornecida esta energia?
Lembrem filhos, que a Umbanda é lógica e que seus conceitos são facilmente entendidos quando explicitados os motivos.
Como a corrente produz energia? Porque, perguntam kardecistas, não é bastante o passe, a imposição de mãos?
Desnecessário os rituais, os cantos, as danças, afirmam kardecistas. Auxilio psicológico, afirmam céticos.
Nada mais errado e equivocado.
Resta entender algumas das formas como se fazem a criação e a transmissão de energia da corrente:
Através da presença física:
Todo o corpo emana energia, porque formado de partículas mínimas que estão em movimento. Então o simples fato da presença do cavalo já cria energia que é expandida, seja através do calor, seja através do deslocamento de ar, ou mesmo do fato de ser.
Ser e estar, portanto, já produzem uma gama de energia. Isso não significa que a todo trabalho é necessária a presença no local do mesmo, posto que a energia pode ser transmitida.
Mas, a presença física é necessária para que a energia aqui descrita possa se firmar.
Através do pensamento, ou mentalização.
Mas não basta estar ou ser é preciso pensar. Quando o filho mentaliza, a energia é canalizada e enviada ao trabalho. Portanto é comum que filhos da corrente após um trabalho em que estavam dispersos, simplesmente digam que não se sentiram “trabalhando”. Efetivamente, a energia produzida pelo “ser” deve restar enviada, caso contrario será energia dissipada inutilmente.
Portanto filhos, ao estarem na corrente se foquem no trabalho, procurem sempre canalizar bons pensamentos e concentração aos trabalhos realizados.
Mentalizar, assim, nada mais é do que canalizar a energia produzida pelo físico humano a um determinado fim.
Ocorre que, ao contrário dos Kardecistas não supõe a Umbanda que “mentalizar” seja a única forma de produzir energia. É como desperdiçar outras fontes. É usar uma capacidade limitada, quando tem os filhos a disposição outras formas de criar a energia necessária.
É preciso mais, os trabalhos se realizam também utilizando outras formas de energia que não se fazem presentes apenas na mentalização: são aquelas que se encontram na corimba, nos despachos, na energia do ser, na força do movimento.
Posteriormente, restará especificada cada uma dessas formas de produção de energia, mas agora é importante que os filhos tenham em mente que a energia, sim, deve ser produzida e aproveitada dos mais diversos modos.